quinta-feira, junho 15, 2006

Literatura Goiana, viagem aleatória

Em qualquer manual estão inscritas as causas do retardamento da maturidade cultural do Centro-Oeste: o atraso econômico e a desorganização social de seu povo, a distância das grandes metrópoles, a ausência de vantajoso intercâmbio cultural com as metrópoles de avançada estrutura dos meios de veiculação da crítica e da formação cultural, a carência de investimentos públicos no setor e o tardio surgimento de centros de ensino. Com a agravante da interiorização, que dificultava o envio dos filhos para estudos na metrópole ou na Europa. Basta lembrar que só em 1846 foi instalado em Vila Boa (atual Goiás), o Liceu de Goiás. Sem formação, só é possível cultura popular. E literatura não é cultura popular, apesar de nela vitalizar-se.
Não é de hoje o reconhecimento dos entraves históricos que deixavam no abandono a atividade cultural. Ainda em 1942, em artigo publicado na revista Oeste, José Décio Filho reclamava que, em Goiás, “sempre nos faltaram orientação segura e incentivo, principalmente. Estado que ora se integra tão auspiciosamente na civilização brasileira, após tantos anos, de incubação sentimental e inútil, vive ainda soletrando o bê-a-bá das letras, completamente fora do mundo intelectual do país”.
Assim, pode-se constatar que apenas nos primeiros centros colonizados do País (Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais) houve ambiência para o Arcadismo, o Barroco, o Romantismo. Nos demais Estados, as condições seriam idênticas às desenvolvidas no Centro-Oeste. Só depois de completado o ciclo do ouro, a classe dominante buscou rumos que possibilitassem a formação de seus filhos. Então, só no advento do Modernismo houve ambiência para que um movimento literário alcançasse repercussão nacional. Portanto, o intelectual goiano deve compreender que é recente a sua territorialidade cultural, mas que deixou de existir fronteira para a interação com as metrópoles. A interação só será barrada se as metrópoles descobrirem que ele mesmo não se compreende.
É tão importante a formação para credenciamento do homem para a prática literária que os quatro principais escritores goianos estudaram no Liceu de Goiás. Por ali passaram Hugo de Carvalho Ramos, Bernardo Elis, José J. Veiga e José Godoy Garcia. Com o despertar da cidadania que o ensino formal enseja, três deles buscaram contato com as grandes metrópoles culturais. Assim, na década de 40, a literatura ascenderia à maturidade literária iniciada em 1917 por Hugo de Carvalho Ramos, com Tropas e boiadas, que o jovem Luiz Ruffato inclui na seleção de seus livros prediletos, e que o músico Elomar destaca como uma das grandes contribuições para a sua formação (Que brasilidade, que coisa bonita!, declarou em entrevista).
José J. Veiga, assim batizado literariamente pelo seu amigo Guimarães Rosa (“O Guimarães Rosa era muito versado em numerologia. Quando eu estava para lançar o primeiro livro, ele disse: ‘Você vai sair só como José Veiga? Assim não dá, ninguém tem apenas nome e sobrenome. Disse a ele que eu chamava José Jacinto Pereira Veiga. Ele tomou nota, fez alguns cálculos, levou algum tempo e disse: ‘Põe José J. Veiga, vai ser bom para você’.”), começou a publicar mais tarde. Só em 1959, depois de trabalhar na imprensa carioca e na BBC de Londres, publicaria Os cavalinhos de Platiplanto. Com esse livro e os vindouros, colocou o Brasil na vanguarda do realismo fantástico. Do fantástico crítico, de resistência à opressão. Nenhum outro iria se ombrear com ele.
Desde o período que começa com o lançamento de Hugo Carvalho Ramos e vai até o lançamento do GEN (Grupo de Escritores Novos), em 1963, surge uma plêiade de escritores inapagáveis da história literária, que as forças intelectuais de Goiás têm a obrigação de manter vivos com o correto posicionamento crítico. Basta mencionar João Accioli (um dos instauradores do Modernismo no Estado), Jesus de Barros Boquady (que morreu totalmente esquecido em Brasília, com grande parte de sua poesia ainda por publicar), Carmo Bernardes (de leveza e autenticidade tão ausentes da literatura nacional!), Eli Brasiliense (o naturalismo está novamente em voga), e Afonso Félix de Souza (um dos poetas goianos mais bem publicados fora do Estado). E uma centena de outros mais, alguns sendo reabilitados lentamente, sobretudo os poetas, em coleção da Universidade Federal de Goiás.
Com a inserção de Goiás na pós-modernidade, através do GEN, surgiu uma constelação de autores, e, nesta constelação, o sol do conflito. Aproveito aqui para me penitenciar por ter aceitado participar do conflito em determinado instante de minha juvenil atuação crítica. Imperdoável que, num dos momentos mais importantes para as obras de Heleno Godoy e Miguel Jorge, eu tenha atendido chamamentos — muitas vezes sugeridos por forças externas à minha compreensão — para macular parte de suas produções.
E agora, com humildade e melhor visão, reconheço que Heleno Godoy é um dos raros goianos que busca inovação de linguagem. E sem o trabalho de Miguel Jorge — somadas aí as suas obras literárias, um dos raros a escrever para o teatro no Estado — à frente do suplemento de O Popular, os novos escritores de Goiás não teriam alcançado o mercado editorial e a crítica das grandes metrópoles. Foi só o suplemento ser extinto para muitas portas se fecharem para a literatura goiana, principalmente das centenas de concursos literários promovidos pelas Prefeituras Municipais.
Alguns autores merecem nova hierarquização e melhor inserção na história da literatura: Heleno Godoy, Miguel Jorge, Antônio José de Moura, Gabriel Nascente, Aidenor Aires (prêmio Nestlé, que precisa trazer a lume novas obras), Maria Helena Chein, Coelho Vaz, entre outros. Yêda Schmaltz merece transitar por fora do GEN, já que sua obra teve aval crítico mais universalizador. Ainda Brasigóis Felício, com a sua literatura de resistência visceral; Valdivino Braz e Delermando Vieira, que optaram pelo neo-simbolismo; Pio Vargas, que teve participação meteórica na poesia goiana, também na linhagem neo-simbolista; e Dionísio Pereira Machado, com autenticidade neo-realista. Ainda à margem, brilham as estrelas de Gilberto Mendonça Teles, que ordena parte da história da literatura goiana; Alaor Barbosa, de obra vasta e polifônica; Cora Coralina, a matriarca da literatura goiana; e Augusta Faro, quê, na linha de José J. Veiga, traz alento novo ao fogo do realismo fantástico.

16 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia,

Sou filha do poeta Jesus Barros Boquady e para sua informação o meu pai "não morreu totalmente esquecido em Brasíla", a sua obra é eterna para quem teve a oportunidade de conhecê-la.

CARLOS disse...

Ótimos seus textos sobre a Literatura Goiana, pois o Brasil só conhece a Cora Coralina. Sou editor da Revista Artpoesia aqui na Bahia e este mês também estaremos homenageando Cora nos 120 anos. Se me autorizar também publicarei seus textos sobre Literatura Goiana!

Saudações Coralinianas!

Anônimo disse...

necessario verificar:)

Anônimo disse...

Autor: Desconhecido!
Estude mais!
Literatura em língua italiana do século XIII até nossos dias!
Ainda fortemente influenciado pelo Parnasianismo, com XlV alexandrinos!
Leitura Crítica,Criação de Capa Copidesque, Ghost Writer, Concurso!
Tô só zuando calma!

Anônimo disse...

Renascimento do Harlem, foi o movimento cultural afro-americano do final dos anos 1920, início da década de 1930, e que nasceu na área do Harlem, cidade de Nova York, Estados Unidos. Conhecido por diferentes nomes — Novo Movimento Negro, Novo Renascimento dos Negros e Renascimento dos Negros — o movimento surgiu quase no fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, floresceu na metade final dos anos 1920 e perdeu força na primeira metade dos anos 1930. O renascimento do Harlem representou a primeira vez que editores e críticos influentes levaram a sério a literatura afro-americana e que as artes e a literatura afro-americanas atraíram a atenção da nação de forma significativa. Ainda que tenha sido, principalmente, um movimento literário, também ocorreram manifestações na música, no teatro, nas artes em geral e na política afro-americana.

Anônimo disse...

O renascimento do Harlem surgiu em meio à revolta social e intelectual que explodiu na comunidade afro-americana no começo do século XX.

Vários fatores contribuíram para criar as bases do movimento. Na virada do século XIX, após a Guerra Civil Norte-americana, desenvolveu-se uma classe média negra, favorecida pelo aumento de oportunidades de educação e de emprego.

Durante e depois da Primeira Guerra Mundial, ocorreu um fenômeno conhecido como Grande Migração: centenas de milhares de negros americanos deixaram o Sul dos Estados Unidos, rural e em depressão econômica, para buscar, nas cidades industriais do Norte, melhores opções de trabalho.

À medida que um número cada vez maior de negros com educação acadêmica e socialmente conscientes se estabelecia no Harlem, na cidade de Nova York, a área se transformava no centro político e cultural da América negra. Outro fator de igual importância da década de 1910 foi o surgimento de uma nova agenda política na comunidade afro-americana, especialmente entre sua classe média emergente que defendia a igualdade racial.

Esta agenda era defendida pelo historiador e sociólogo negro W. E. B. Du Bois e pela Associação Nacional para o Desenvolvimento do Povo Negro (Naacp), que foi fundada em 1909 para lutar pelos direitos dos negros. Os esforços do nacionalista negro jamaicano Marcus Garvey, cujo movimento Back to Africa inspirou o orgulho racial entre os negros nos Estados Unidos, refletiam essa nova política.

A arte e a literatura norte-americana tinham começado a se desenvolver um pouco antes da virada do século XIX.

Nas artes dramáticas, o teatro musical negro apresentou artistas como os compositores Bob Cole e J. Rosamond Johnson, irmão do escritor James Weldon Johnson.

O jazz e o blues foram trazidos pelas populações negras do Sul e do Centro-oeste para os bares e cabarés do Harlem. Na literatura, a poesia de Paul Laurence Dunbar e a ficção de Charles W. Chesnutt, no final da década de 1890, foram algumas das primeiras obras de afro-americanos a receber reconhecimento nacional. Ao final da Primeira Guerra Mundial, a ficção de James Weldon Johnson e a poesia de Claude McKay anteciparam a literatura que surgiria nos anos 1920, ao descrever a realidade da vida dos negros nos Estados Unidos e sua luta por uma identidade própria.

No início da década de 1920, três obras marcaram a energia criativa da literatura afro-americana.

O livro de poesias de McKay, Harlem Shadows (1922), foi uma das primeiras obras de um escritor negro publicada por uma editora influente e de âmbito nacional (Harcourt, Brace and Company).

Seguiu-se Cane (1923), de Jean Toomer, romance experimental que misturava poesia e prosa ao documentar a vida dos negros no Sul rural e no Norte urbano.

Por fim, There Is Confusion (1924), primeiro romance do escritor e editor Jessie Fauset, descreveu a vida da classe média dos negros a partir de uma perspectiva feminina.

Tendo estas obras como base, três fatos entre 1924 e 1926 deram início ao renascimento do Harlem.

Anônimo disse...

NORTE
A Amazônia é o coração da região Norte. Fascina a todos pela sua floresta, bacia hidrográfica, fauna e lendas. O Estado do Amazonas tem corno capital MANAUS - portão da selva. Mitos, lendas, superstições, crendices, medicina caseira constituem exotismo para muitos estrangeiros. Mas, na verdade, o Amazonas é um Estado que precisa do apoio de todos para viabilizar sua potencialidade turística, tão desejada por todos nós.

BELÉM, a capital do Pará, localiza-se estrategicamente onde o rio encontra o mar. Com muita influência indígena, o passado ainda persiste nas manifestações dessa etnia. O Pará esteve atrelado ao antigo domínio português e pelo desenvolvimento econômico baseado no cicio da borracha.

A ilha de Marajó merece atenção pelas características diferenciadas quanto ao vaqueiro, sua tarefa diária, suas técnicas vivenciadas ao longo do tempo.

Acre, Roraima, Amapá, Tocantins têm manifestações folclóricas semelhantes aos Estados dos quais faziam parte antes de se tornarem independentes.

NOTA: A relação dos Estados está por ordem alfabética, portanto, sem a preocupação do grau de importância ou extensão territorial.

Anônimo disse...

AMAZONAS
Francisco Orellana, capitão espanhol, em 1541, deu o nome de AMazonas ao rio que havia visto. O Estado, a que nos referimos, mais tarde recebe o mesmo nome.

MANAUS A capital tem o seu nome relacionado à tribo da região, os mauês.
•ETNIA:
Grande influência indígena e, principalmente, portuguesa.

•ARTE:
Cerâmica ornamental e pequenos objetos em pedra e lãtex.

•ARTESANATO:
Cerâmica utilitária. A topajônica, vendida em feiras e mercados, é apenas réplica. Também encontramos arcos e flexas, cocares, tangas, como reminiscências indígenas. Na Casa do Artesão, encontramos cesta, peneira, arupemba, abano e outros materiais, geralmente para lembranças da viagem feita ao Amazonas.

•LINGUAGEM:
Vocabulário e expressões regionais como:
Cruêra (crueira): fragmentos de mandioca ralada.

•LITERATURA:
Contos e lendas do jaboti, do boto. Citamos a lenda das Amazonas:
No Reino das Pedras Verdes só existiam mulheres - as Amazonas, exímias caçadoras. Pescavam, faziam cerâmica, redes, armas e objetos ornamentais, como os Muiriquitãs (estudados por Raimundo de Morais, Barbosa Rodrigues e José Veríssimo com resultados surpreendentes) símbolo da fertilidade, ornamento em forma de rã, usado no pescoço. Era o talismã a pedra verde. No noite de luar de cada ano, as Amazonas recebiam os visitantes de outras tribos, Era a noite ~nupcial. Ao partirem recebiam um Muiriquitã.

•DANÇA:
Trancelim (pau de fita)
Tambor-de-mina.

•FOLGUEDO FOLCLÓRICO:
Reis, pássaros, pastorinhas, boi-bumbá.

•CULINÁRIA:
À base de peixe e farinha de mandioca.
Maniçoba: feita com folha de macaxeira e carne de porco envolvida em folha de bananeira (Macapá).

•TIPO POPULAR:
Vaqueiro, canoeiro, pescador, seringueiro.

•EVENTOS:
JANEIRO/FEVEREIRO: Festa de Reis, Carnaval de rua, Blocos espontâneos.
JUNHO: Festival de Parintins com quadrilha e os Grupos de Bois.
Você deve ter o cuidado de não considerar todo Festival como folclórico, porque a mídia está modificando, cada vez mais, as suas características. Nesse mesmo mês, as festividades dos três santos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
DEZEMBRO: Ciclo de Natal com pastoril, reis.

Anônimo disse...

Comidas Típicas - Região Sul do Brasil
13/10/2008

Colonizado por europeus, o Sul, com 577.214 km2, oferece prazeres variados. Da carne bovina aos frutos do mar. Em seus três estados - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul -, há de tudo; para todos os gostos. Churrascos servidos no espeto, pratos à base de frutos do mar, siris, camarões, lagostas, e peixes elaborados ao forno, na brasa, em caldeiradas.

Há, ainda, a típica cozinha do interior, com destaque para o mocotó de campo, o arroz-de-carreteiro. a roupa velha e o barreado. Com forte presença italiana, é ampla a oferta de massas. Marcante, também, são os traços da colonização alemã. O que permite ao viajante saborear excelentes embutidos.

E, após a refeição principal, doces de ovos, como ambrosias e papos-de-anjo, e de frutas cristalizados e em calda. Apesar de possuir restaurantes que oferecem todas as cozinhas do mundo. No litoral sul saladas guarnecidas por palmitos de uma maciez sem igual, colhidos na Mata Atlântica.

Anônimo disse...

Comidas Típicas - Região Sudeste do Brasil
13/10/2008

No Rio de Janeiro a feijoada criada, na época colonial, pelos negros.

Mergulhada em denso caldo de feijão preto, temperado com alho, folhas de louro e cebola, esconde-se uma fartura de carnes: carne-seca, paio, chouriço, lingüiças variadas, costela, costelinha, toucinho defumado. E, também, partes suculentas de carne bovina, como a alcatra e o peito, acompanhadas de couve desfiada, farofa e laranja picadinha. E, para temperar, um pouco de molho de pimenta. No Rio de Janeiro, como em São Paulo, inúmeros restaurantes oferecem todos os tipos de cozinha.

São Paulo é conhecida como a Capital Gastronômica Mundial devido aos seus inumeros restaurantes de comidas internacionais. Excelentes churrascarias e pizzarias completam os paladares mais exigentes mas São Paulo conserva especialidades próprias, com destaque para a galinha d’Angola à paulista, as empadinhas de Cananéia, o cuscuz paulista e a capivara à caipira.

Já no Espírito Santo, Estado vizinho que integra a Região Sudeste, entregue-se às tortas capixabas, às moquecas de camarão, de peixe, de siri. Tudo rigorosamente acompanhado de pirão.

No Estado de Minas Gerais, que geograficamente integra a Região Sudeste, é fundamental provar três delícias: a galinha ao molho pardo, a leitoa pururuca e o tutu de feijão com torresmo e couve picada. Minas vai além, muito além. Com o feijão tropeiro. o frango com quiabo, o arroz-de-suã e a canjiquinha de milho verde com costela. E nas barrancas do rio São Francisco, também chamado de “Velho Chico”, uma deslumbrante fartura de peixes de pele. Para, depois, virem os doces. Em calda, cristalizados. Tudo acompanhado, à caráter, por um bom bocado de queijo de Minas. Para arrematar, um café mineiro, coado na hora, em coador de pano.

Anônimo disse...

Culinária da Região Norte do Brasil
Tabata Olim Rocha
Ao Norte do Brasil, região que se espalha por 3.869.637,99km2, é agreste a culinária.
E elaborada à base de peixes, em especial na forma de caldeiradas. Destacando-se, no Estado do Amazonas, o pirarucu e o tucunaré.
Testemunho da cultura indígena, os pratos são acompanhados, preferencialmente, por pirão.
No Estado do Pará, é obrigatório saborear a pescada paraense, o pato ao tucupl e o tacacã.
É possível também saborear jacarés, aves e animais silvestres, com destaque para a carne de paca.
Após a refeição principal, que inclui, muitas vezes, carne de tartaruga e frutas típicas.
Sorvetes de açaí, cupuaçu, manga, taperebá, uxl, graviola e muruçi, oferecidos também na forma
Pirarucu

Anônimo disse...

O gelado representa, de uma forma geral, todas as formas de doces gelados, sendo comumente utilizado como sobremesa. No entanto, os especialistas em culinária e os governos de alguns países distinguem vários tipos de gelado de acordo com as peculiaridades das diferentes formas de fabricação e ingredientes: o sorbet, de origem turca (Sherbat), assim como o gelato, de origem italiana, são alguns exemplos.

Na região Norte os sorvetes que se destacam mais são os de açaí, cupuaçu, manga, taperebá, uxi, graviola e muruçi.O pirarucu (Arapaima gigas) é um peixe que é encontrado geralmente na bacia Amazônica, mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas. Costuma viver em lagos e rios de águas claras e ligeiramente alcalinas com temperaturas que variam de 24° a 37°C, não sendo encontrado em zona de fortes correntezas e águas ricas em sedimentos.
Este peixe é um dos maiores de água doce do mundo, e conhecido também como o bacalhau da Amazônia. Seu nome vem de dois termos indígenas: pira, "peixe", e urucum, "vermelho", devido a cor de sua cauda.
Esta espécie de peixe possui características biológicas e ecológicas bem distintas: De grande porte, sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso. Pode crescer até três metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg, possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão, no exercício da respiração aérea, obrigatória principalmente durante a seca, ocasião em que os peixes formam casais, procuram ambientes calmos e preparam seus ninhos, reproduzindo durante a enchente; é papel do macho proteger a prole por cerca de seis meses. Os filhotes apresentam hábito gregário, e durante as primeiras semanas de vida, nadam sempre em torno da cabeça do pai, que os mantém próximos à superficie, facilitando-lhes o exercício da respiração aérea.
Apesar de ser uma espécie resistente, suas características ecológicas e biológicas o tornam bastante vulnerável à ação de pescadores. Os cuidados com os ninhos, após a desova expõe os reprodutores à fácil captura com redes de pesca ou arpão. Durante o longo período de cuidados paternais, a necessidade fisiológica de emergir para respirar ocorre em intervalos menores, ocasião em que os peixes são pescados. O abate dos machos nestas circunstâncias e também a longa fase de imaturidade sexual dos filhotes, conhecidos como "bodecos" onde seu peso varia entre 30 e 40 quilos, propicia na captura destes por predadores naturais como as piranhas, fazendo assim com que o sucesso reprodutivo da espécie seja diminuído. O Pirarucu não apresenta dimorfismo sexual externo, salvo quando em época de reprodução, que apresenta diferenças nas colorações de suas escamas

Anônimo disse...

Tucunaré do indígenta Tucun=árvore e Aré=amigo (amigo da árvore), (Cichla spp.) é uma espécie de peixe presente nos rios da América do Sul, em especial do Brasil, também conhecida como tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pitanga, tucunaré-vermelho ou tucunaré-pretinho.

Os tucunarés são peixes de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e 1 metro. Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal.

Os tucunarés são sedentários e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas. Na época de reprodução formam casais que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, ovos e juvenis. São peixes diurnos que se alimentam de qual quer coisa pequena que se movimenta e outros peixes e até pequenos crustáceos. Ao contrário da maioria dos peixes da Amazônia, os tucunarés perseguem a presa até conseguir o sucesso.

O tucunaré é um peixe popular em pesca desportiva. A espécie C. orinocensis foi introduzida em Singapura com este mesmo propósito, mas com consequências trágicas para a fauna endémica da região.


Pirão
Pirão é um prato tradicional das culinárias do Brasil e de Angola feito à base de farinha de mandioca. É um prato originado da culinária dos indígenas brasileiros.

A farinha de mandioca não serve para o preparo de pão assado, a não seja quando misturada com a farinha de trigo. De forma pura, a farinha de mandioca é utilizada em pratos como: farofa, beijus, sopas, mingaus e pirões.

O pirão é uma papa de farinha de mandioca feita quando se mistura esta com água ou caldo quente. No Brasil o pirão pode ser preparado com diferentes tipos de caldos. O pirão mais comum é feito com a mistura da farinha de mandioca com a água em que foram cozidos peixes, formando uma papa viscosa que é comida como acompanhamento do prato principal.

Outros tipos de pirão:
• pirão de caldo de feijão
• pirão de camarão
• pirão de carne
• pirão de mandioquinha
• pirão de legumes



Pato no Tucupi
O pato no tucupi é um prato brasileiro típico da culinária paraense. É elaborado com tucupi, líquido amarelo retirado da mandioca brava, e com jambu, verdura típica do estado, que possui propriedade anestésica, causando uma leve sensação de tremor na língua.

O tucupi e o jambu também estão presentes em outra iguaria paraense à base de camarão chamada tacacá, muito preparado no período do Círio de Nazaré.

Pode ser acompanhado por arroz branco ou farinha-d'água de mandioca.


Tacacá
Tacacá é uma iguaria da região amazônica brasileira, em particular do Acre, Pará, Amazonas, Rondônia e Amapá. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias. O tucupi e a tapioca (da qual se prepara a goma), são resultados da massa ralada da mandioca que, depois de prensada, resulta num líquido leitoso-amarelado. Após deixá-lo em repouso, a tapioca fica depositada no fundo do recipiente e o tucupi, na sua parte superior.

Sua origem é indígena e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada mani poi. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos.”.


Sorvete
Gelado (português europeu) ou Sorvete (português brasileiro), termo este também utilizado em Moçambique, é um tipo de guloseima doce e gelada que é tipicamente preparada a partir de derivados do leite. Pode possuir diversos sabores, tais como de frutas, chocolate ou caramelo. A mistura é arrefecida enquanto agitada, para evitar a formação de cristais de gelo.

Anônimo disse...

Comidas Típicas - Região Nordeste do Brasil
10/10/2008

A formação cultural do Nordeste, região com área de 1.561.177,8km2, gerou a mais diversificada culinária do Pais.

Marcada, no entanto, por singulares diferenças.

São inúmeras as alternativas, a começar pelos pratos vindos da Africa.

Iniciando pelos abarás e acarajés, na Bahia. Ante-pastos aos vatapás e às moquecas de peixe, de ostras, de camarões, iguanas douradas pelo azeite de dendê. Há, também, pratos à base de peixes dos mais vários tipos, servidos em formas várias: sopas, escaldados, cozidos. E casquinhas de caranguejo, frigideiras de siri mole e cavaquinhas. Na cozinha nordestina há pratos exóticos, elaborados com carnes de porco, de cabrito, de carneiro. E aves. Prazeres que vão desde as tripas à sergipana até a carne de sol à Natal, passando pelo xinxim de galinha e pela galinha d’Angola de Teresina.

No Nordeste, ocorre também a feijoada à alagoana, o cozido à baiana, o mocotó e o bobó de inhame.

Sobre a sobremesa, encontram-se: cocadas, sorvetes e refrescos feitos com frutas típicas, como taperebá, manga, araçá, cajú e pitanga, graviola e mangaba.

Anônimo disse...

Comidas Típicas - Região Centro Oeste do Brasil
13/10/2008

Nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul localizados na Região Centro-Oeste, que se desdobra por 1.612.077,2 km e geograficamente integrada também pelo Estado de Goiás e Brasilia, o Distrito Federal, onde as cores, a fauna e a flora do Pantanal mato-grossense deslumbram por sua infinidade de aves, peixes e répteis, a mesa é farta em pesca. Especialmente o tucunaré, o pintado, o jaú, o dourado e outros peixes de grande porte, que em Cuiabá, capital do Mato Grosso, são transformados no peixe cuiabano.

Apesar de a região ser protegida por leis ambientais, estando regulamentado o período permitido à prática da pesca e proibida a caça durante todo o ano, o viajante tem a oportunidade de conhecer alguns pratos à base de caça, elaborados com carne de caitítu, de paca, de veado, de porco do mato, de capivara. Há, ainda, especialidades extremamente regionais, como o jacaré frito. Para quem tiver interesse por aventuras culinárias mais fortes, é possível experimentar carne de cobra, com gosto semelhante ao de peixe. Estados habitados por índios de vários grupos, a farinha, em suas variadas formas, seca ou cozida como pirão, é acompanhamento obrigatório. Região de criação extensiva de gado bovino, o Pantanal oferece também a hipótese de churrascos à gaúcha, servidos no espeto.

Anônimo disse...

Comunicação Verbal e Não-Verbal
15/09/2008

A linguagem verbal é o nosso veículo de comunicação mais importante.

A linguagem não – verbal consiste nos gestos, nas posturas que nos acompanha quando dialogamos.

O emprego simultâneo de linguagem verbal e não – verbal faz parte da nossa cultura e encontra-se no teatro, no cinema, na TV, HQ e na maior parte dos anúncios.